No Baloiço Da Vida
Menino que baloiçava
no baloiço de corda,
baloiça,baloiça agora
no baloiço da vida...
Menino que oscilava
numa corda segura,
oscila,oscila agora
com a corda partida...
Menino que disparava
a espingarda a brincr,
dispara,dispara agora
a espingarda a matar...
Menino que chorava
com o Mundo a seus pés
chora,chora agora
neste mundo ao revés...
Menino que adorava
ser depressa um homem,
adorava,adorava agora
ser de novo menino...
Menino que baloiçava
no baloiço de corda
baloiça,baloiça agora
no baloiço da vida.
A cornetado menino
Tá tá,tá tá,tá tá
Sai da corneta do menino.
Tá tá,tá tá,tá tá,
Soava pela casa como um hino.
Mas um dia o próprio Deu,Rei do Destino,
quis ouvir mais de perto esse menino...
E naquela casa,nunca gaveta
ficou imóvel a oculta corneta,
mas dela sai num som mais paladino o mesmo tá tá,tá tá,tá tá,
Soprado pela boca do menino.
Ladrões De Sonhos
Para dar as boas novas
moleirinha entra nas casas,
mas certo dia um menino
a uma tirou as asas
e ela triste sem voar
ficou a olhar o menino,
o autor da má acção,
como que a querer dizer
que era mau sem coração.
O menino,ao vela triste
sem se mexer nem andar,
tratou logo de a empurrar
com sua débil mãozinha
e,vendo que a moleirinha
já não parecia o que era
nem podia já voar,
compreendeu o que fizera
e quis colar as asinhas...
não voltando a tirar
as asas às moleirinhas.
Mas nessa vida,afinal,
há tantos e tantos homens,
tão concientes do mal
_homens crueis e medonhos!_
distantes do verbo amar,
que aos outros roubam os sonhos,
que aos outros tiram as asas,
sem jamais as colocar...
hello kitty angel
quinta-feira, 5 de junho de 2008
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1 comentário:
A vida têm estes mistérios. Há muitos anos era eu uma criança, e recordo-me tão bem deste poema no meu livro da escola. E tinha pena da moleirinha, que nunca mais pode voar. Hoje passados vinte anos,e quase como se este poema que eu nunca esqueci fosse como que um prenuncio do meu destino, também a mim me tiraram as asas, as asas dos meus sonhos, de todos os meus projectos. Roubaram me os sonhos, e jamais voltarei a voar. Obrigado por publicar este poema.
S.M.
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